
Nicole Kidman e Sean Penn podiam estar duas horas sem fazer nada no ecrã e qualquer filme seria bom, só pelas suas presenças.
Não que The Interpreter seja um mau filme, longe disso, mas grande parte do mérito deve-se aos protagonistas. Sydney Pollack está também irrepreensível atrás das câmeras, conseguido captar a nossa a atenção com uma realização segura, cativante e sustentada num argumento sólido e bem construído.
Este é um thriller clássico, que consegue surpreender, mas que, por alguma razão, não consegue satisfazer por completo. E é um mistério o porquê. Aparentemente não falta nada. Estão lá as excelentes personagens, que são devidamente desenvolvidas e interpretadas, a relação entre ambos cativa, mas não é de todo lamechas ou descabida de sentido, a história está longe do previsível ou do monótono em qualquer parte do filme, até lá está um português (dobrado e um pouco americanizado, é certo, mas portugês na mesma.)
Falta então algo que o torne inesquecível. Mesmo a dupla Kidman/Penn conseguia ser melhor aproveitada. Talvez as altas expectativas tornem o filme menor do que realmente é. No final é relembrado como um filme competente e nada mais do que isso.
 A minha classificação é de: 7/10Etiquetas: Criticas |
A Interpréte é, de facto, um bom filme. Mas ao contrário do que dizes não acho que saiba a pouco. O filme apresenta-se como um thriller político e nisso é irrepreensivel. O filme nunca tem a pretensão de ser uma obra-prima mas sim um objecto cinematrografico cuidado, coeso e artistico. Para mim, é um dos melhores filmes estreados este ano :).
Abraço